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sábado, 4 de julho de 2009

A crise financeira e seu reflexo no mercado de luxo brasileiro.

Essa semana deixei um comentário num blog, referente à crise financeira e seu reflexo no mercado de luxo brasileiro. Não poderia deixar de escrever sobre algo no meu próprio blog.

Produtos de qualidade com o valor agregado sempre serão objetos de desejo e nunca deixarão de ser comprados. É caso de marcas como Louis Vuitton, Gucci e Burberry.

São produtos exclusivos, que não se vê um fio de costura à mostra, tudo impecavelmente no lugar. Lógico, para as fashionistas de plantão, isso é o de menos... Mas, quando você entra numa loja dessas e vê o quão criterioso é o processo de fabricação, entende até porque a maioria compra e nem sabe o motivo. Conceito, qualidade... Acho que defino melhor assim... Acredito que este seja o motivo maior pelo qual eu uso algo de uma grande marca. Conceito, estilo de vida. Até porque, esta semana estava usando minha boyfriend jeans e me pararam para perguntar se eu tinha comprado fora do país, tamanho é o conceito de se usar, atualmente, uma boyfriend jeans. O que quero frisar é o conceito.

O que isso tem a ver com o mercado de luxo e crise financeira ? Tudo!

O mercado de luxo prega o desejo, a sedução, o poder, o conceito, em ser atual, estilo de vida, exclusividade. Para isso não existe crise. No way!

Pessoas se privam para comprar uma calça Diesel ( por sinal, as calças que menos me vestem bem), onde o ticket médio gira em torno de R$1000,00! Eu estou falando da classe média...

Vende-se mais Chanel no Brasil que na própria França.

A Louis Vuitton do shopping Iguatemi é um Mc' Donalds de entrega de bolsas.

O mercado imobiliário paulistano de alto luxo, ri à toa, acredito que até dá gargalhadas. O público AAA não mede em comprar apartamentos que giram em torno de 1 à 3 milhões de reais. Exemplo: Os apartamentos próximos ao Shopping Cidade Jardim.

Carros importados só mediante à sinal, tamanha a procura. E mesmo assim, corre-se o risco de não recebê-los.

O mercado brasileiro joalheiro continua tranquilo. Bom, este segmento tem suas peculiaridades. No auge da crise, ninguém quebrou, no máximo empatou. E sendo bem administrado, colhe-se louros. E quem não o conhece, pensa que é o primeiro segmento a quebrar numa crise. Santa ingenuidade...
O mercado joalheiro lida com poder, sedução... Tudo o que o luxo prega!

São Paulo tem a terceira maior frota de helicópteros do mundo.

Tom Ford desembarca na Daslu em meio à crise.

E Marc Jacobs? O queridinho das famosas ( eu tenho dois óculos e sapatos dele e são meus filhos), vem pessoalmente ao Brasil, diz que está aprendendo português e abre uma loja em parceria com a filha do dono das Casas Bahia. E por que ele veio? Já estava até amigo de seus clientes brasileiros endinheirados que compram em sua loja em NY. Namorando até um...

Entro esta semana na Armani, do Shopping Morumbi e vejo uma calça que a Katie Holmes ( meu ícone de beleza ) usa e piro! A vendedora, treinada talvez pelo método Friedman, saca minha cara e vem com aquele papo de desejo e blá, blá, blá...

Experimento, não resisto e compro o raio da calça. Pergunto se eles tem a divisão de roupas infantis, como nos EUA. Ela responde que a Armani entra no Brasil ainda este ano com roupas infantis.

Sabe-se muito bem que marcas de luxo, quando entram no segmento de roupas infantis é porque elas estão dando gargalhadas à toa, por que é fútil, desnecessário, crianças perdem roupas com muita facilidade, crescem rápido. Pais que compram roupas de marcas de luxo para os filhotes não se importam com o valor. E a Armani, no Brasil, já acordou para isso.

Penso no que o Mantega falou no começo do ano, que a crise no Brasil seria só uma gripe.

Acho que ela já passou... Mas, na boa: O mercado de luxo no Brasil não sentiu essa gripe, não. Literalmente... Agora, só a suína...

5 comentários:

  1. Eitaaaaaaa.......... q mulher seria gnt!!!
    Vou chamar o Kanda pra ler este blog... hehehe

    Mais eu concordo, pois, a gripe suina já esta virando uma crise mundial!

    Bjo M Liga

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  2. Chama o Kanda e o Renê... Pq aí, depois, eles começam a discutir... E eu adoro gente discutindo!!! KKKKK!

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  3. O mercado imobiliario de São Paulo não faz inveja ao do Amazonas. Cada apartamento na Ponta negra a partir de 1 milhão de Reais, absurdo, mas é verdade. Casas em condominio fechado na avenida do Turismo, cada uma na faixa de 5 milhões... Duvida? olhe no condominio Itaporanga ( jardim das américas III). Crise? aqui no Estado dos índios não atingiu tanto, nem a própria gripe suína, segundo o ministro da saúde, diz q é praticamente impossivel aparecer por aqui devido ao clima muito quente...(isso é piada).


    Bjs Elma

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  4. Silvia o conceito que você aborda sem duvida nenhuma reflete a realidade mundial, sabemos que uma das referencias de Glamour e moda no Brasil ( Constanza Pascolato) com seu Layout de dondoca, pede que encontre seu estilo, pois não precisa ser uma nova chanel para se ter estilo...Ter estilo propio é questão de autoconhecimento, ao alcance de qualquer um disposto a realmente olhar para si mesmo....o afã de seguir todas as tendências é uma questão de "mais aprimoramento pessoal do que aparência", além de boas maneiras, traquejo social e timing, como é o estilo lady-like de Constanza, pois a alta- costura é simbolo da industria do luxo. No nosso imaginário, é um sonho. É verdade que as maisons que a conservaram não têm a mesma natureza ou origem de marca do que outras. A 'Couture"é sem duvida, a parte superior do prê-'a-porter, onde você Silvia com certeza se inclui..Um abraço Carlos.

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